Defender o <i>Metro</i> de Lisboa

O PCP realizou, no dia 30 de Agosto, uma acção de contacto com os utentes e trabalhadores do Metro de Lisboa, que contou com a participação de Jerónimo de Sousa. A acção teve como objectivo sensibilizar uns e outros para o ataque de que a empresa e o serviço que presta são alvo e mobilizá-los para a luta em defesa de um Metropolitano público e ao serviço dos utentes.

No documento distribuído, o PCP denuncia a «degradação planeada» do serviço, considerando ser essa a via que melhor serve o objectivo último de privatização da empresa: «O Governo sabe que a maior dificuldade para concretizar as ordens da troika e entregar o Metropolitano às multinacionais alemãs ou francesas é a resistência dos trabalhadores e dos utentes. O Governo está intencionalmente a degradar o serviço para enfraquecer essa resistência e criar a ideia de uma redenção pela gestão privada.»

O Partido expressava, nesse mesmo documento, as suas exigências relativas à empresa: o abandono do projecto de privatização do Metropolitano de Lisboa; a imediata contratação dos trabalhadores necessários para assegurar o serviço de qualidade, pontualidade e segurança existente antes da decisão da privatização; a reposição da oferta anterior às medidas impostas pelo actual Governo, nomeadamente a diminuição do tempo entre circulações e o funcionamento do número máximo de composições permitido em cada linha; a significativa redução das actuais tarifas, principalmente dos passes sociais intermodais, reintroduzindo os descontos para reformados e estudantes.

Lembrando que todas as composições do Metropolitano de Lisboa foram construídas em Portugal, na Bombardier/Sorefame (entretanto encerrada), o PCP recorda que o objectivo da troika é precisamente garantir que sejam as multinacionais alemãs e francesas a vender esses equipamentos. Mas os comunistas fazem outra opção: reforçar a capacidade produtiva do País também no que respeita ao material circulante – não se podendo já contar com o que foi destruído, a Sorefame, há que defender e valorizar o que ainda existe, nomeadamente a EMEF e a manutenção do Metro de Lisboa. Esta via, para além de representar a defesa e a criação de postos de trabalho significaria ainda um importante contributo para a redução do défice comercial do País.

Nesse mesmo dia, aproveitando a sua visita ao Metropolitano, Jerónimo de Sousa reuniu-se com as Organizações Representativas dos Trabalhadores da empresa, bem como com as comissões de trabalhadores da EMEF e da CP.



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